«Governo acha que pode não respeitar os professores» Francisco Louçã criticou reacção de José Sócrates à manifestação de sábado


Campanha do BE às europeias [Catarina Pereira]

Europeias: faça perguntas aos candidatos do BE

Miguel Portas, Marisa Matias e Rui Tavares vão responder às questões dos nossos leitores

O Bloco de Esquerda passeou, esta segunda-feira, pela baixa de Coimbra. Miguel Portas, Marisa Matias, Rui Tavares e Francisco Louçã bateram a quase todas as portas, numa campanha de «contacto» que se tem vindo a intensificar.

O cabeça-de-lista aproveitou o momento para «lutar pelo voto», «convencendo as pessoas que ficar em casa ou ir para a praia só premeia quem quer exactamente isso».

Europeias: faça perguntas aos candidatos do BE

«PS e PSD têm feito tudo o que lhes é possível para que as pessoas não vão votar. Estão ali para andar com tricas uns com os outros em vez de estarem a ouvir as pessoas, a aprenderem, que era o que precisavam», criticou.

Miguel Portas assegurou, que com esta campanha porta-a-porta, tem aprendido que «o grau de sofrimento, de perda, de dor das pessoas é muito maior» do que pensava. E, para o candidato, só o BE tem ouvidos para as queixas dos portugueses.

«Os socialistas e os sociais-democratas andam muito zangados uns com os outros, quando toda a gente sabe que no essencial estão de acordo. Deviam pensar duas vezes antes de abrir a boca», disse.

Durante a manhã, os bloquistas visitaram as antigas minas de extracção de urânio da Cunha Baixa, em Mangualde, que constituem um foco de contaminação radioactiva das águas e um risco de vida para a população local.

E a propósito de minas, Miguel Portas não esqueceu a promessa socialista que ficou por cumprir esta segunda-feira.

«Sócrates prometeu há mais de um ano que as minas de Aljustrel iam reabrir, Manuel Pinho prometeu depois e ainda veio um candidato [Vital Moreira] feito ministro do Emprego a prometer empregos. Hoje que era para terem começado, não começaram. Nós, políticos, não temos o direito de estar a fazer falsas promessas às pessoas», concluiu.

«Governo acha que pode não respeitar os professores»

Francisco Louçã criticou reacção de José Sócrates à manifestação de sábado

Francisco Louçã criticou, este domingo, a reacção de José Sócrates à manifestação dos professores, garantindo que o BE está do lado desta classe, durante uma visita ao bairro social SAAL «Luta pela Casa», em Carnaxide.

«As escolas serem tão perseguidas numa situação de tanta fragilidade social em Portugal é uma forma de miopia política a longo prazo, porque o Governo acha que pode por computadores nas escolas e não respeitar os professores ou não responder pelos professores e pelas professoras», disse.

«Os professores são quem defende as escolas e sem escolas não há igualdade de oportunidades ou igualdade de acesso à dignidade, porque o conhecimento é o que permite às pessoas viver», acrescentou.

O líder bloquista considerou o bairro social SAAL «Luta pela Casa» «um projecto extraordinário», mas criticou a ausência de uma verdadeira política social em Portugal.

«O combate face a problemas como os da Bela Vista exigem sempre que sejam as pessoas que estejam em primeiro lugar a assumir todos os direitos e todos os deveres, a tomar responsabilidade, porque é assim que se faz a diferença», afirmou.

TVi24

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