As agruras de hoje da Grécia serão as de Portugal no futuro com o pacote da troika

As consequências de uma reunião não tão secreta

por Euro Intelligence

O nosso ponto de vista foi sempre que a resolução da crise consistiria num refinanciamento (rollover) permanente. Quando confrontados com a questão de permitir o incumprimento da Grécia ou concordar com mais um programa (irrealista), os ministros europeus das Finanças aceitaram esta última opção.

Numa reunião secreta no Luxemburgo, os ministros das Finanças de um subconjunto de países da eurozona encontraram-se para discutir o futuro da Grécia e, segundo o FT , alcançaram um consenso de que querem recorrer a um pacote inteiramente novo, pois o actual programa da Grécia, o qual prevê um retorno aos mercado em 2012, não é realista.

A Grécia precisa obter €25 a €30 mil milhões no próximo ano. O FT informa que o European Financial Stability Facility (EFSF) pode comprar dívida grega em mercados primários, em complemento de uma reestruturação voluntária para “rolar” (roll over) dívida que será devida em 2012. Responsáveis parecem ter descartado com firmeza qualquer reestruturação involuntária da dívida, a qual criaria mais problemas do que resolveria. O ministro grego das Finanças foi convidado à reunião de modo a que responsáveis pudessem enfatizar-lhe a importância de mais austeridade e privatização.

Na sexta-feira à noite, a revista Der Spiegel informou que a Grécia havia considerado uma saída da eurozona e revelou que uma tal teria lugar, com Wolfgang Schäuble tendo um estudo na sua pasta sobre porque uma saída grega far-se-ia a um custo proibitivo – para a Grécia mas também para a própria eurozona. A notícia deu lugar a negações frenéticas de responsáveis da UE e provocou uma nova derrota do euro, o qual declinou de um pico de US$1,49 para US$1,43 em dois dias. Responsáveis da UE primeiro tentaram negar que uma tal reunião viesse a ocorrer, mas quando se tornou impossível sustentar isso, eles simplesmente negaram que os ministros discutissem uma reestruturação da dívida, muito menos uma saída.

“COMENTÁRIOS ABSURDOS DE JOSÉ SÓCRATES”

Wolfgang Münchau escreve na sua coluna no FT que o fracasso em ser capaz de organizar uma reunião secreta simboliza a dificuldade em administrar uma união monetária (e especialmente um programa de refinanciamento de dívida) com um grupo de decisores executivos tão diversos. Disse ele não acreditar em quaisquer pronunciamentos oficiais de qualquer responsável da UE. Afirmou que os comentários absurdos de José Sócrates de que obteve um acordo melhor do que os gregos e os irlandeses também são muito típicos para o programa de acção colectiva da eurozona. E que vê cada vez mais evidências de uma bifurcação – uma situação dentro de poucos anos nesse caminho em que estados membros da eurozona terão de decidir se saltam para dentro de uma união política ou saltam para fora de uma união monetária.

Juan Ignacio Crespo escreve em El Pais que uma saída da eurozona seria o equivalente a uma outra crise financeira global. Se a Grécia saísse, o sistema bancário do país entraria em colapso e o país seria confrontado com uma implosão económica e social. E a crise imediatamente propagar-se-ia ao país seguinte da eurozona. A Europa neste ponto suspenderia tanto o mercado como o acordo de Schengen.

Os principais jornais alemães estão divididos sobre os méritos de um segundo pacote de resgate para a Grécia. Enquanto os diários económicos Financial Times Deutschland e Handelsblatt endossam a ideia de má vontade o Frankfurter Allgemeine Zeitung e o Bild estão em franca revolta. Holger Steltzner , do FAZ, destaca que a UE e o FMI não têm quaisquer meios de aplicar pressão sobre a Grécia uma vez que excluem a reestruturação da dívida grega e a saída da Grécia da eurozona. O colunista Hugo Müller-Vogg, do Bild, argumenta que se bem que o euro seja indispensável para a Europa, a Grécia não é. Se a Grécia quisesse deixar a zona da divisa ninguém deveria impedi-la. “Isso seria caro para o contribuinte europeu”, argumenta ele. “Mas um final caro é melhor do que infindáveis pacotes caros de resgate”.

PSD revela seu plano económico pelo lado da oferta

Passos Coelho revelou o plano económico do seu partido com o objectivo de mudar o modelo económico de Portugal. A principal característica é uma redução de encargos sociais dos negócios em 4 pontos percentuais, de 23,75% para 19%, financiando por cortes estruturais na despesa governamental. Isto inclui cortes no período que dá direito a benefício de desemprego; um corte no número de Secretarias de Estado em 30% e de conselheiros à metade; reduções em entidades públicas em pelo menos 15%; um serviço de recrutamento independente para postos no governo e o fim de prestigiosos projectos de infraestrutura, tais como serviços ferroviários de alta velocidade. O Jornal de Negócios tem os pormenores. O presidente Cavaco Silva disse que um corte fiscal para os negócios é possível e está de acordo com o acordo da troika mas que deveria ir a par com um corte fiscal sobre o trabalho, ao passo que o IVA pode aumentar.

Desordem tempestuosa na Irlanda após apelo de Morgan Kelly à reestruturação da dívida

Um comentário do economista irlandês Morgan Kelly no Irish Times a apelar a que a Irlanda se afaste do acordo de salvamento provocou uma enorme tempestade na Irlanda e alguma reacção irada do banco central e do governo. Kelly argumentou que o governo irlandês deveria afastar-se da dívida bancária, deixando-a para o BCE, de modo a que país ficasse com uma dívida “sobrevivivel” de €110 mil milhões. O governador do banco central, Patrick Hohohan, sentiu-se obrigado a defender-se, depois de Kelly acusá-lo de ter feito o “mais custoso erro alguma vez já feito por uma pessoa da Irlanda” ao calcular mal a escala das perdas bancárias. Hoohan defendeu o seu papel na corrida para o acordo de salvamento original e a sua decisão de manter a garantia bancária. O ministro das Finanças também respondeu emitindo uma rígida advertência ao artigo de Kelly, dizendo que benefícios à infância e os salários de 300 mil trabalhadores do sector público seriam reduzidos em 33% se o governo abandonasse o acordo de salvamento com a UE-FMI.

E se a França recorrese a um programa de resgate da UE e do FMI?

Em Les Echos Nicolas Barre também é céptico quando ao resgate grego, mas por razões diferentes. Originalmente os pacotes de resgate tinham duas razões bem fundamentadas. Eles precisavam mostrar a populações locais nos países periféricos quão grave era a situação e houve tantos pacotes de resgate para aqueles países quanto houve resgates para os bancos no resto da eurozona. Hoje aquelas duas razões já não são válidas segundo Barre. De modo que reestruturar a dívida grega seria a solução adequada. O colunista francês argumenta que políticos em Paris deveriam reflectir sobre os seus colegas em Atenas, Dublim e Lisboa, onde os governos já não estão no comando e têm de receber ordens da UE e do FMI. Barre aponta o sempre crescente rácio da dívida em relação ao PIB em França e diz que o destino de países periféricos deveria ser motivo de reflexão para qualquer candidato às eleições presidenciais francesas na Primavera de 2012.

Espanha vai rever todos os projectos de TGV

governo espanhol vai rever todos os projectos de TGV, garantindo apenas a conclusão, no final deste ano, da ligação de Madrid a Valência que, dentro em breve, entra na fase de testes.

<p>Governo de Zapatero adia projectos entre um ano e ano e  meio</p>

O anúncio foi feito no Parlamento, na quarta-feira, pelo ministro de Fomento, José Blanco, que apontou para um adiamento de entre um ano a ano e meio. A partir de agora, os técnicos analisarão o futuro dos diferentes projectos, à luz de uma severa política de austeridade com um corte de 3,2 mil milhões de euros este ano e uma redução idêntica em 2011.

“Há que rever a situação de todos os projectos e a programação dos investimentos previstos, embora as ligações ferroviárias continuem a ser uma prioridade”, disse hoje, ao PÚBLICO, um porta-voz do Ministério do Fomento. A mesma fonte assegurou que na revisão dos projectos serão considerados outros factores, como o impacto das ligações ferroviárias de alta velocidade no desenvolvimento económico das regiões, a singularidade ou a importancia de cada projecto. Nesta ponderação será também tida em conta a possibilidade de parcerias privadas que, neste momento, ainda não estão definidas. O Plano Extraordinário de Infraestruturas será financiado por capital privado mas ainda não foram definidas as obras afectadas.

“É cedo para concretizar os reajustamentos por projectos, mas a norma geral anunciada pelo ministro é a de que todas as actuações terão um atraso de entre um ano a ano e meio”, precisou o porta voz. Embora só dentro de semanas esteja terminado este processo de revisão, no Ministério de Fomento de Espanha reconhecem que o projecto de alta velocidade ferroviária se encontra em “stand by”. Alguns projectos poderão ser mesmo anulados. “Todas as obras, em todas as regiões, sofrerão atrasos de pelo memos um ano, todos os projectos serão reprogramados e alguns poderão ser anulados”, admitiu o titular de Fomento de Espanha perante os deputados. Por agora, está apenas confirmada a conclusão, no final do ano, da ligação da capital espanhola a València, que dentro em breve entrará em fase de testes. Do mesmo modo, já foi cancelada no final da semana passada, a escassas 24 horas do previsto, a cerimónia de colocação da primeira travessa na linha entre Madrid e Santander. Neste caso, é estudada a possibilidade de uma alteração do trajecto ou, mesmo, o seu adiamento.

São ainda desconhecidas as implicações da nova política de austeridade na ligação de alta velocidade entre a capital espanhola e Lisboa. Contudo, tudo indica que será abrangida pelo princípio genérico anunciado pelo ministro José Blanco de uma atraso entre 12 a 18 meses. Até porque, com os cortes orçamentais anunciados, diminui drasticamente a capacidade de licitação de obras.

Segundo o porta voz do Ministério do Fomento, o projecto encontra-se em várias fases. “Há um troço entre Cáceres e Badajoz que já foi adjudicado havendo algumas obras no terreno, há outros troços em fase de licitação e outros ainda só em projecto”, revelou. Pelo que é pouco provável que nenhum deles seja afectado pela malha da austeridade.

How the Rockefellers took control of the US medical system

Flexner Report


That’s what the foundations are all about, ladies and gentlemen.  Make no mistake about it.  The foundation takeover of the “American Medical Schools” followed almost immediately after Gates went to work for Rockefeller.  It was fast and it was simple.  It took place in three steps.
The first was when Rockefeller and Carnegie together financed the famous Flexner Report of 1910 written by Abraham Flexner, hired by Rockefeller and Carnegie.  Flexner traveled all over the country and made a very scholarly analysis of how bad the level of medical education was in America and he was right.  He didn’t distort it.  To my knowledge he didn’t distort (any of it).  He didn’t have to.  There were diploma mills.  There were a few good schools.  But, there were a lot of mediocre schools and there were a lot of bad schools.  And people could get a medical degree just by paying enough money and so Flexner brought all of this together in the Flexner Report.  It was published by the foundation as a public service and everybody was very much concerned.  Something had to be done.  You see now, the problem was crystallized with foundation money.
The next step was to solve the problems.  Rockefeller and Carnegie then provided the money to solve the problem.  They offered tax-free grants.  Tremendous infusions of millions and millions of dollars to those selected medical schools that were cooperative and that were willing to go along with the recommendations made by Rockefeller and Carnegie.  The ones who weren’t willing to submit themselves to the influence of the money didn’t get any, and they fell by the wayside.  The ones who did go along got this money and were able to build big buildings to attract qualified teachers.  They were able to get the necessary equipment, and they became the large medical schools in America today, through Rockefeller and Carnegie money.
Now, there is an old saying that “he who pays the piper calls the tune.”  And that is exactly what happened.  Gates and Flexner, and those whom they appointed, became Board members and consultants for all of these schools.  And you can be sure, ladies and gentlemen, that if you are on the Board of Trustees of the school and you are struggling for money and somebody comes to you and says here is 10 million dollars and then they say, however, or by the way, we would suggest that the next time you look for a president we suggest that you look at Mr. Smith, he’s a fine, reputable man.  You will listen very carefully when they make that suggestion and Mr. Smith becomes the next president.
Mr. Smith listens very carefully when Mr. Gates, Mr. Rockefeller, or Mr. Carnegie say, “now, Mr. Smith, you need people on your teaching staff with these qualifications, and we suggest that you look at Dr. Jones, Dr. Radcliff” and so forth.  They all listen.  Money has a distinct sound.  It is the ruffling of thousand dollar bills.  Now there is no corruption there.  It is not necessary to set down and say we are going to control the school.  We want you to do what we tell you, it is all just very gentlemanly and done gently.  But it’s done, nevertheless.  And so you can be sure that those schools that were willing to cooperate were the ones who got the money.  The record indeed shows that this is true.  LECTURE BY MR. G. EDWARD GRIFFIN

Flexner was John D. Rockefeller’s “stool pigeon” in setting up the takeover of the entire medical school industry by Carnegie Foundation, which was a Rockefeller Foundation subsidiary at that time…….When you say “Carnegie Foundation”, you’re talking about something that has no substance. It’s entirely under the domination of the Rockefellers. ……………..He (Abraham Flexner) did “The Flexner Report”, and this changed the medical schools of the United States from homeopathic, naturopathic medicine, to allopathic medicine — which was a German school of medicine which depended on the heavy use of drugs, radical surgery, and long hospital stays. That’s what we’ve got today, allopathic medicine.”—Eustace Mullins.  [Interview 2003]  by Tom Valentine

Grande Lider Zapatero Derrotado!

PP à frente do PSOE nas europeias

Hoje

Várias sondagens ontem divulgadas colocam o maior partido espanhol à frente do partido do Governo

A oposição espanhola de direita venceria as europeias se as eleições fossem hoje, com uma vantagem entre os dois e os quatro pontos percentuais.

Três sondagens, realizadas junto de mil pessoas entre os dias 25 e 28, apontam para níveis de abstenção recorde em Espanha, com uma taxa de participação entre 38% e 45%. Muito longe dos 60% atingidos nas europeias de 1987, 1994 e 1999.

A sondagem Metroscopia, realizada para o jornal El País, atribui ao Partido Socialista Operário Espanhol, PSOE, 39,3% e ao Partido Popular, PP, 43%.

Os outros dois estudos de opinião, Sigma Dos para o El Mundo e DYM para o ABC, dão uma diferença mais pequena, de apenas dois pontos entre PSOE e PP.

Um quarto inquérito, feito pelo Noxa e publicado pelo La Vanguardia, dá resultados mais favoráveis aos socialistas com 42,5% contra 40,9% para os populares, com uma taxa de participação superior, mais de 50%.

Dia do Flamengo Socialista

Flamenco

De manhã lá foi o Engenheiro para Espanha, para ao fim do dia vir o zapatero para Portugal. Começou a campanha e os amigos vão dando uma mãozinha uns aos outros. O Engenheiro tenta piscar o olho à esquerda do seu eleitorado e o zapatero tenta fazer esquecer os quase 20% de desempregados em Espanha. A verdade é que ambos falam da nova esquerda, das nova geração de politicas sociais que afinal não passam do desmantelamento do sistema publico e da criação de um sistema de suporte minimo, e miserável, à substtência dos que nada têm. Um socialismo que se confunde com o neo-liberalismo europeu e que com ele se confunde. Não é uma lei de interrupção da gravidez ou do casamento dos homosexuais que faz desta gente, gente de esquerda.

Publicada por Kaos

Pastos: 

Miguel Portas critica refinaria espanhola

  • Miguel Portas (arquivo)

O eurodeputado do Bloco de Esquerda (BE), Miguel Portas, disse este sábado em Elvas que a construção da Refinaria Balboa na Extremadura espanhola constitui «um enorme erro», que prejudica o rio Guadiana, o Alqueva e o Alentejo, noticia a Lusa.

«Todo o problema que se coloca tem que ver com aspectos ambientais», afirmou o dirigente bloquista, que considerou que se têm de avaliar as «potenciais contaminações do Guadiana e do ar».

O eurodeputado bloquista em declarações à agência Lusa, à margem de uma conferência/debate denominada «Juntos Contra a Refinaria», promovida pelo BE, salientou que este projecto constitui «um atentado à economia da região» e que o Governo português «continua sem se pronunciar».

«A decisão do Governo espanhol de pedir documentação complementar em relação a este projecto deve ser aproveitada pelos movimentos cívicos e pelos movimentos ecologistas e ambientalistas de um lado e de outro da fronteira, mas muito em particular em Portugal, se intensificar a criação de um movimento de opinião», realçou.

Pressão

O que é indispensável, acrescentou o dirigente bloquista, «é que se consiga, neste interregno, em que a decisão sobre a refinaria está suspensa, colocar o Governo português sobre pressão».

«A sociedade civil do Alentejo, as organizações não governamentais e os partidos políticos comprometidos com esta região, devem obrigar o Governo a dizer ao seu congénere espanhol, que isto não é bom para nós, e, como tal, não deve ser feito», salientou.

«Empreendimentos ou operações com consequências transfronteiriças não podem ser decididos apenas de um lado da fronteira, nem o papel de Portugal é o de estar de acordo com o Governo espanhol nesta matéria, visto que temos interesses que devem ser preservados», realçou o eurodeputado do BE.

Miguel Portas que é o cabeça-de-lista do BE ao Parlamento Europeu, referiu ainda que sexta-feira o Bloco de Esquerda interpelou o Governo, na Assembleia da República, sobre esta matéria e a resposta foi que «aguardavam».

O dirigente bloquista referiu-se ainda a um aspecto que diz respeito ao Alentejo e a toda a área do Guadiana, a questão do aproveitamento das potencialidades do Alqueva, para funções agrícolas e para turismo de qualidade.

«Como é evidente, a simples suspeição de que as águas podem ser contaminadas, prejudica qualquer política de criação de emprego, além de prejudicar, obviamente, o impacto desse tipo de empreendimentos», afirmou.

As implicações e consequências para o ambiente e a saúde pública no Alentejo e Extremadura espanhola decorrentes do projecto foram abordadas nesta conferência/debate.

Para além de Miguel Portas, a iniciativa contou com a participação de outros dirigentes do Bloco, um representante do partido espanhol Izquierda Unida, associações ambientalistas portuguesas e espanholas, e autarcas.

Oposição dos dois lados da fronteira

Projectada para Santos de Maimona, província de Badajoz (Extremadura), a cerca de 100 quilómetros da fronteira com Portugal e a metade da distância da albufeira de Alqueva, a refinaria de petróleo Balboa tem originado críticas dos dois lados da fronteira.

O primeiro-ministro, José Sócrates já sustentou que a refinaria não deverá ser construída «se puser em causa os valores ambientais» de Alqueva.

O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, em declarações aos jornalistas a 30 de Março, remeteu para, «no máximo», dentro de «duas semanas» a divulgação do parecer da tutela sobre o impacte ambiental da refinaria em território português.

Zeitgeist Addendum (Legendado) 12/12

Publicado por lucask8nunes

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A Revolução é Agora

Zeitgeist Addendum (Legendado) 9-10/12


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A Revolução é Agora

Zeitgeist Addendum (Legendado) 7-8/12

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A Revolução é Agora

Zeitgeist Addendum (Legendado) 3-4/12

α

Ω

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A Revolução é Agora

Esoteric Agenda 11/12 /13- LEGENDADO

ADVERTÊNCIA

Este documentário contém informações muito polémicas sobre toda a nossa realidade, tudo que você acreditou até agora. se você acha que não está preparado para descobrir os segredos da Matrix, recomendamos que não assista a esse vídeo.

Existe uma Agenda Esotérica atrás de cada faceta de nossa vida que até então acreditávamos estar desconexa.
Há uma facção da elite conduzindo a política social, economia, a política, as corporações, algumas ongs, e inclusiva as organizaçoes contra o stablishment.
esse vídeo expoe essa agenda…

Enfim, um documentário IMPRESCINDÍVEL para aqueles que buscam a verdade.

Publicado por deusmihifortis

Nuances do capitalismo

CAPITALISMO IDEAL

Você tem duas vacas.
Vende uma e compra um boi.
Eles multiplicam-se, e a economia cresce.
Você vende a manada e aposenta-se. Fica rico!

CAPITALISMO AMERICANO

Você tem duas vacas.
Vende uma e força a outra a produzir o leite de quatro vacas.
Fica surpreso quando ela morre.

CAPITALISMO JAPONÊS

Você tem duas vacas.
Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite.
Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e vende-os para o mundo inteiro.

CAPITALISMO BRITÂNICO

Você tem duas vacas.
As duas são loucas.

CAPITALISMO HOLANDÊS

Você tem duas vacas.
Elas vivem juntas, em união de facto, não gostam de bois e tudo bem.

CAPITALISMO ALEMÃO

Você tem duas vacas.
Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa.
Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

CAPITALISMO RUSSO

Você tem duas vacas.
Conta-as e vê que tem cinco.
Conta de novo e vê que tem 42.
Conta de novo e vê que tem 12 vacas.
Você pára de contar e abre outra garrafa de vodka.

CAPITALISMO SUÍÇO

Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua.
Você cobra para guardar as vacas dos outros.

CAPITALISMO ESPANHOL

Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

CAPITALISMO BRASILEIRO

Você tem duas vacas.
E reclama porque o rebanho não cresce…

CAPITALISMO HINDU

Você tem duas vacas.
Ai de quem tocar nelas.

CAPITALISMO PORTUGUÊS

Você tem duas vacas.
Foram compradas através do Fundo Social Europeu.
O governo cria O IVVA – Imposto de Valor Vacuum Acrescentado.
Você vende uma vaca para pagar o imposto.
Um fiscal vem e multa-o, porque embora você tenha pago correctamente o IVVA, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais.
O Ministério das Finanças, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas.
Para se livrar do sarilho, você dá a vaca que resta ao inspector das finanças para que ele feche os olhos e dê um jeitinho…


Quem ganha com este negócio?

Em 2015 haverá mais mortes que nascimentos na UE

Um em cada quatro portugueses terá mais de 65 anos em 2035, segundo um estudo do Eurostat divulgado hoje, que refere que 25,4 por cento dos europeus serão idosos dentro de 27 anos.

In Público

Preste atenção no banqueiro sionista, Paul Warburg:

“Nós teremos um governo mundial caso você goste ou não. A única questão é se esse governo será alcançado pela conquista ou pelo consenso.” (17 de Fevereiro de 1950, conforme ele declarou diante do Senado norte-americano).

Sua intenção é efectuar completo e total controle sobre todo ser humano no planeta e reduzir drasticamente a população mundial em dois terços. Enquanto o nome Nova Ordem Mundial seja o termo mais frequentemente usado hoje para imprecisamente se referir a qualquer um envolvido nessa conspiração, o estudo de exactamente quem constitui esse grupo é algo complexo e embaraçado.

Em 1992, o Dr John Coleman publicou Conspirators Hierarchy: The Story of the Committee of 300. Com louvável sabedoria e pesquisa meticulosa, o Dr Coleman identifica os actores e detalha cuidadosamente a agenda da Nova Ordem Mundial da dominação e controle mundial. Na página 161 de Conspirators Hierarchy, o Dr Coleman resume primorosamente a intenção e propósito do Comitê dos 300, como se segue:

“Um Governo Mundial e um sistema monetário unificado, sob permanente não eleitos oligarcas hereditários que se auto-seleccionam na forma de um sistema feudal como era na Idade Média. Nessa entidade de um Mundo Unificado, a população será limitada por restrições no número de crianças por família, doenças, guerras, fome, até 1 bilião de pessoas que sejam úteis para a classe governante, em áreas que serão estritamente e claramente definidas, permanecendo como a população mundial total.

Não haverá classe média, apenas governantes e servos. Todas as leis serão uniformes sob um sistema legal de cortes mundiais praticando o mesmo código de leis, apoiados por uma força policial e um exército do Governo Mundial Unificado para reforçar as leis em todos os países onde nenhum limite nacional deverá existir. O sistema será na forma de um estado de bem-estar; aqueles que forem obedientes e subservientes ao Governo Mundial Unificado serão recompensados com os meios de subsistência; aqueles que forem rebeldes simplesmente serão escravizados até a morte ou serão declarados fora-da-lei, e dessa forma um alvo para qualquer um que desejar matá-los. A propriedade privativa de armas de fogo de qualquer espécie será proibida.”

In Sinais dos Tempos

Nova Ordem Mundial – Rastros Quimicos Vacinas Mortais

NWO,controle total sobre a vida das pessoas, vacina e outros aditivos inseridos na alimentação que provocam graves doenças.

Imagens de interrogatório em Guantanamo a Omar Khadr, um cidadão canadiano de 16 anos

Divulgadas primeiras imagens de interrogatório em Guantanamo

Advogados canadianos divulgaram o primeiro vídeo de um interrogatório de um detido na prisão da base militar dos Estados Unidos em Guantanamo, em Cuba

Os verdadeiros terroristas em acção,

In SOL

A Inquisição

Inquisição (do latim Inquisitio Haereticæ Pravitatis Sanctum Officium) é um termo que deriva do acto judicial de inquirir, o que se traduz e significa perguntar, averiguar, pesquisar, interrogar etc.

No contexto histórico europeu, conforme alguns entendimentos filosóficos actuais, a Inquisição foi uma operação oficial conduzida pela Igreja Católica a fim de apurar e punir pessoas por heresia[1].

É a inspiradora dos tribunais, do direito à defesa do réu e da averiguação dos factos. Só funcionava para cristãos (católicos) e apenas em assuntos de fé e de moral.

Definição

A Inquisição ganhou mais relevo na época da Reforma (para os católicos) ou Contra-Reforma (chamada assim pelos protestantes) com as crescentes suspeitas populares. Portanto, trata-se de uma inquirição, em assuntos de fé, evitando a condenação de alguém sem investigação prévia. Tecnicamente, Inquisição é confundida com “Tribunal do Santo Ofício”. O segundo é uma entidade que tem por função fazer inquisições. Ao contrário do que é comum pensar, o “tribunal do Santo Ofício” é uma entidade jurídica e não tinha forma de executar penas. O resultado da inquisição, feita a um réu, era entregue ao poder régio, muitas vezes com o pedido de que não houvesse danos nem derramamento de sangue. Este tribunal era muito comum na Europa a pedido dos poderes régios, pois queriam evitar condenações por mão popular.

Diz Oliveira Marques em «História de Portugal», tomo I, página 393: «(…) A inquisição surge como uma instituição muito complexa, com objectivos ideológicos, económicos e sociais, consciente e inconscientemente expressos. A sua actividade, rigor e coerência variavam consoante as épocas.»

Origem e história

Cena da Inquisição

Cena da Inquisição

As origens da Inquisição remontam a 1183, no averiguação dos cátaros de Albi, no sul de França por parte de delegados pontifícios, enviados pelo Papa. A instituição da Inquisição se deu no Concílio de Verona.

Numa época em que o poder religioso se confundia com o poder real, o Papa Gregório IX, em 20 de Abril de 1233, editou duas bulas que marcam o reinício da Inquisição. Nos séculos seguintes, ela julgou, absolveu ou condenou e entregou ao Estado (que aplicava a “pena capital”, como era comum na época) vários de seus inimigos propagadores de heresias. Convém lembrar que ser cristão era entendido para lá de uma religião. Ser cristão era a maneira comum de ser e pensar. Um inimigo do cristianismo era entendido como inimigo do pensar comum e da identidade nacional.

A bula Licet ad capiendos (1233), a qual verdadeiramente marca o início da Inquisição, era dirigida aos dominicanos inquisidores: Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privá-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis. A privação de benefícios espirituais era a não administração de sacramentes aos heréticos, que caso houvesse ripostação deveria ser chamada a intervir a autoridade não religiosa (casos de agressão verbal ou física. Se nem assim a pessoa queria arrepender-se era dada, conscientemente, como anátema (reconhecimento oficial da excomunhão): “censuras eclesiásticas inapeláveis”.

O uso da tortura era, de facto, bastante restrito e, aos poucos, foi sendo extinto dos processos inquisitoriais. Esta era apenas autorizada quando já houvesse meia-prova, ou quando houvesse testemunhas fidedignas do crime, ou então, quando o sujeito já apresentasse antecedentes como má fama, maus costumes ou tentativas de fuga. E ainda assim, conforme o Concílio de Viena, de 1311, obrigava-se os inquisidores a recorrerem à tortura apenas quando o bispo diocesano, junto de uma comissão julgadora, houvesse aprovado a mesma em cada caso em particular. Também é sabido que a tortura aplicada pela inquisição era, por demais, mais branda que a aplicada pelo poder civil, não permitindo, de forma alguma, amputação de membros (como era comum na época), e não permitindo perigo de morte. Convém explicar que a tortura era um meio incluído no “inquiridio”. São mais comuns os casos de endemoninhados ou réus em suspeita mentira.

No entanto, e bem mais tarde, já em pleno século XV, os reis de Castela e Aragão, Isabel e Fernando, solicitam, e obtêm do Papa a autorização para a introdução de um Tribunal do Santo Ofício: a Inquisição. Tal instituição afigurava-se-lhes necessária para garantir a coesão num país em unificação (foi do casamento destes dois monarcas que resultou a Espanha) e que recentemente conquistara terras aos mouros muçulmanos na Península Ibérica e expulsara alguns dos judeus, por forma a obter «unidade» nacional que até ali nunca existira. A acção do Tribunal do Santo Ofício tratou de mais casos depois da conversão de alguns judeus e mouros que integravam o novo reino. Alguns judeus e mouros preferiram renegar as suas religiões, e abraçar o cristianismo, a abandonar a nova terra conquistada. A estes é dado o nome de “cristãos-novos”: alguns esqueciam de facto a religião dos seus antepassados, outros continuavam a praticar secretamente a antiga religião. Eram frequentes os levantamentos populares e muitas denuncias por parte dos “cristãos velhos”.

Sendo essencialmente um tribunal eclesiástico, desde cedo o reino, o poder régio se apossou do mesmo, por forma a prosseguir os seus particulares fins económicos, esquecendo o fundamental “inquiridio” aos réus por motivos religiosos. Tomado pelo poder régio, o Tribunal da Santa Inquisição, em Espanha, deu azo a uma persistente propaganda por parte dos inimigos da Espanha católica: ao sujeitar o poder da fé ao poder da lei, da coação, e da violência, a Inquisição espanhola tornou-se, no imaginário colectivo, uma das mais tenebrosas realizações da Humanidade.

Mais tarde, em certas regiões da Itália, e em Portugal, o Papa autorizou a introdução de instituições similares, em condições diferentes. No caso de Portugal, a recusa do Papa ao pedido, tendo visto os abusos da Espanha, mereceu que o rei tivesse como alternativa ameaçar com a criação de uma “inquisição” régia, que segundo ele era coisa urgente para o reino. De facto, a introdução da Inquisição em Portugal resultou das pressões espanholas que, para além de uma sinceridade zelota, não queriam ver o reino rival beneficiar com os judeus e mouriscos expulsos de Espanha.

A inquisição espanhola

Pintura representando um

Veja também: Inquisição espanhola

Pintura representando um “Auto de fé” da Inquisição Espanhola. Visões artísticas sobre o tema geralmente apresentam cenas de tortura e de pessoas queimando na fogueira durante os rituais.

A Inquisição espanhola é, entre as demais inquisições, a mais famosa porque mais marcante na lembrança. David Landes, por exemplo, relata-nos: “A perseguição levou a uma interminável caça à bruxa, completa com denunciantes pagos, vizinhos bisbilhoteiros e uma racista “limpieza de sangre”. Judeus conversos eram apanhados por intrigas e vestígios de prática mosaica: recusa de porco, toalhas lavadas à sexta-feira, uma prece escutada à soslaia, frequência irregular à igreja, uma palavra mal ponderada. A higiene em si era uma causa de suspeita e tomar banho era visto como uma prova de apostasia para marranos e muçulmanos. A frase “o acusado era conhecido por tomar banho” é uma frase comum nos registos da Inquisição. Sujidade herdada: as pessoas limpas não têm de se lavar. Em tudo isto, os espanhóis e portugueses rebaixaram-se. A intolerância pode prejudicar o perseguidor (ainda) mais do que a vítima. Deste modo, a Ibéria e na verdade a Europa Mediterrânica como um todo, perdeu o comboio da chamada revolução científica”.

Segundo Michael Baigent e Richard Leigh, a 1 de novembro de 1478, uma Bula do Papa Sixto IV autorizava a criação de uma Inquisição Espanhola. Confiou-se então o direito de nomear e demitir aos monarcas espanhóis. O primeiro Auto da Fé foi realizado a 6 de fevereiro de 1481, e seis indivíduos foram queimados vivos na estaca. Em Sevilha, só em novembro, 288 pessoas foram queimadas, enquanto setenta e nove foram condenadas à prisão perpétua. Em fevereiro de 1482 o Papa autorizou a nomeação de mais sete dominicanos como Inquisidores, entre eles, Tomás de Torquemada. Este viria a passar à história como a face mais aterrorizante da Inquisição. Em abril de 1482, o próprio Papa emitiu uma bula, na qual concluía: ¨A Inquisição há algum tempo é movida não por zelo pela fé e a salvação das almas, mas pelo desejo de riqueza¨. Após essa conclusão, revogaram-se todos os poderes confiados à Inquisição e o Papa exigiu que os Inquisidores ficassem sobre o controle dos bispos locais. O Rei Fernando ficou indignado e ameaçou o Papa. A 17 de outubro de 1483, uma nova bula estabelecia o Consejo de La Suprema y General Inquisición para funcionar como a autoridade última da Inquisição, sendo criado o cargo de Inquisidor Geral. Seu primeiro ocupante foi Tomás de Torquemada. Até a sua morte em 1498, Torquemada teve poder e influência que rivalizavam com os próprios monarcas Fernando e Isabel. Sob os inflexíveis auspícios de Torquemada, o trabalho da Inquisição espanhola prosseguiu com renovada energia. A 25 de fevereiro de 1484, 30 vítimas foram queimadas vivas em Ciudad Réal. Entre 1485 e 1501 foram queimadas 250 pessoas em Toledo. Em Barcelona, em 1491 três foram executadas e 220 condenadas à morte em in absentia.

Procedimentos

Segundo Michael Baigent e Richard Leigh ao chegar a uma localidade, os Inquisidores proclamavam que todos seriam obrigados a assistir a uma missa especial, e ali ouvir o “édito” da Inquisição lido em público. No fim do sermão, o Inquisidor erguia um crucifixo e exigia-se que os presentes erguessem a mão direita e repetissem um juramento de apoio à Inquisição e seus servos. Após este procedimento lia-se o “édito”,que condenava várias heresias , além do Islã e o judaísmo, e mandavam que se apresentassem os culpados de “contaminação”. Se confessassem dentro de um “período de graça” poderiam ser aceitos de volta à igreja sem penitência, porém teriam que denunciar outras pessoas culpadas que não tivessem se apresentado. Não bastava denunciar-se como herege para alcançar os benefícios do “édito”, deveria denunciar os cúmplices. O ónus da justificação ficava com o acusado. Essa denúncia foi usada por muitos como vingança pessoal contra vizinhos e parentes, para eliminar rivais nos negócios ou no comércio. A fim de adiantarem-se a uma denúncia de outros, muitas pessoas prestavam falso testemunho contra si mesmas e denunciavam outras. Em Castela, na década de 1480, diz-se que mais 1500 vítimas foram queimadas na estaca em consequência de falso testemunho, muitas delas sem identificar a origem da acusação contra elas. Nas sessões de interrogatório os Inquisitores esforçavam-se para evitar o derramamento de sangue a que foram proibidos nas torturas. Idealizavam os métodos de modo a adequar-se às restrições prevalecentes. Reservava-se a pena de morte, aplicada pelo braço secular (o Estado) basicamente para os hereges não arrependidos, e para os que haviam recaído após conversão nominal ao catolicismo.

A inquisição em Portugal

A Inquisição portuguesa tinha de dar cobrimento a todos os territórios do Império, tendo sido particularmente mais justa em Portugal e menos violenta na Índia. É natural serem hoje recordados somente os casos mais marcantes que tenham comovido ou irado as populações, contentes ou não pelos resultados dos julgamentos feitos. Foi decretada uma lei que proibia a todos de apedrejarem, cuspirem, ou insultarem os réus e os condenados. Contudo eram as crianças que apedrejavam de forma “desculpável”.

1685 - Inquisição Portugal.jpg

Gravura a cobre intitulada “Die Inquisition in Portugall” por Jean David Zunner retirada da obra “Description de L’Univers, Contenant les Differents Systemes de Monde, Les Cartes Generales & Particulieres de la Geographie Ancienne & Moderne” por Alain Manesson Mallet, Frankfurt, 1685

Foi pedida inicialmente por D. Manuel I, para cumprir o acordo de casamento com Maria de Aragão. A 17 de dezembro de 1531, o Papa Clemente VII, pela bula Cum ad nihil magis a instituiu em Portugal, mas um ano depois anulou a decisão. Em 1533 concedeu a primeira bula de perdão aos cristãos-novos portugueses. D. João III, filho da mesma D. Maria, renovou o pedido e encontrou ouvidos favoráveis no novo Papa Paulo III que cedeu, em parte por pressão de Carlos V de Habsburgo.

Em 23 de maio de 1536, por outra bula em tudo semelhante à primeira, foi instituída a Inquisição em Portugal. Sua primeira sede foi Évora, onde se achava a corte. Tal como nos demais reinos ibéricos, tornou-se um tribunal ao serviço da Coroa.

A bula Cum ad nihil magis foi publicada em Évora, onde então residia a Corte, em 22 de outubro de 1536. Toda a população foi convidada a denunciar os casos de heresia de que tivesse conhecimento. No ano seguinte, o monarca voltou para Lisboa e com ele o novo Tribunal. O primeiro livro de denúncias tomadas na Inquisição, iniciado em Évora, foi continuado em Lisboa, a partir de Janeiro de 1537. Em 1539 o cardeal D. Henrique, irmão de D. João III e depois ele próprio rei, tornou-se inquisidor geral do reino.

Até 1541, data em que foram criados os tribunais de Coimbra, Porto, Lamego e Évora, existia apenas a Inquisição portuguesa que funcionava junto à Corte. Em 1541 foram criados os Tribunais de Coimbra, Porto, Lamego e Tomar. Em 15431545 a Inquisição de Évora efectuou diversas visitações à sua área jurisdicional. Mas em 1544 o Papa mandou suspender a execução de sentenças da Inquisição portuguesa e o autos-de-fé sofreram uma interrupção.

Foram, então, redigidas as primeiras instruções para o seu funcionamento, assinadas pelo cardeal D. Henrique, e datadas de Évora, a 5 de Setembro. O primeiro regimento só seria dado em 1552. Em 1613, 1640 e 1774, seriam ordenados novos regimentos por D. Pedro de Castilho, D. Francisco de Castro e pelo Cardeal da Cunha, respectivamente.

Segundo o regimento de 1552 deviam ser logo registadas em livro as nomeações, as denúncias, as confissões, as reconciliações, a receita e despesa, as visitas e as provisões enviadas “para fora”. A natureza dos documentos dos tribunais de distrito é idêntica, visto que a sua produção era determinada pelos regimentos e pelas ordens recebidas do inquisidor-geral ou do Conselho e obedecia a formulários.

Ao mesmo tempo, diz o livro «D. João III» de Paulo Drumond Braga, página 136, o pontífice emanou sucessivos perdões gerais aos cristãos novos em 1546 e 1547. Em 1547 Paulo III autorizou que o Tribunal português passasse a ter características idênticas aos tribunais de Castela: sigilo no processo e inquisidores gerais designados pelo Rei. No mesmo ano saiu o primeiro rol de livros proibidos e deixaram de funcionar os Tribunais de Coimbra (restaurado em 1565), Porto, Lamego e Tomar.

Em 1552 o Santo Ofício recebeu seu primeiro Regimento, que só seria substituído em 1613. Em 1545 Damião de Góis tinha sido denunciado como luterano. Em 1548 Fernão de Pina, guarda-mor da Torre do Tombo e cronista geral do reino, sofreu idêntica acusação.

No Arquivo da Torre do Tombo encontra-se abundante documentação. D. Diogo da Silva, primeiro inquisidor-mor, nomeou um conselho para o coadjuvar, composto por quatro membros. Este Conselho,do Santo Ofício de 1536 foi a pré-figuração do Conselho Geral do Santo Ofício criado pelo cardeal D. Henrique em 1569 e que teve regimento em 1570. Entre as suas competências, saliente-se: a visita aos tribunais dos distritos inquisitoriais para verificar a actuação dos inquisidores, promotores e funcionários subalternos, o cumprimento das ordens, a situação dos cárceres. Competia-lhe a apreciação e despacho às diligências dos habilitandos a ministros e familiares do Santo Ofício, julgar a apelação das sentenças proferidas pelos tribunais de distrito, a concessão de perdão e a comutação de penas, a censura literária para impedir que entrassem no país livros heréticos; a publicação de índices expurgatórios; as licenças para impressão.

Extinção da Inquisição

A Inquisição foi extinta gradualmente ao longo do século XVIII, embora só em 1821 se dê a extinção formal em Portugal numa sessão das Cortes Gerais. Porém, para alguns estudiosos, a essência da Inquisição original – entendida como a guarda da pureza da Fé -, permaneceu na Igreja Católica através de uma nova congregação: a Congregação para a Doutrina da Fé

In “Wikipédia”

Elisabeth Rosenthal – Sul de Espanha sem água

Coisas estranhas acontecem quando o poder do Estado é legitimado pelos eleitores, mas não exercido em seu benefício, mas apenas no do “mercado livre”. Ou as consequências sociais da Esquerda de Pacotilha. (AF)

Murcia, Espanha

Monica Gumm para o International Herald Tribune

O novo campo de batalha

Campos luxuriantes de alface e estufas de tomates ladeiam a estrada. Novos empreendimentos para umas férias verdejantes atraem compradores da Grã-Bretanha e da Alemanha. Campos de golfe – às dúzias, todos recentemente construidos – conduzem às praias. Finalmente, este recanto inóspito do sudeste espanhol prospera.

Um único senão neste quadro idílico: esta província, Múrcia, está sem água. As searas do sudeste de Espanha estão, de modo persistente, a converter-se num deserto, um processo desencadeado pelo aquecimento global e por deficiências na planificação dos recursos.

Em Múrcia, uma região agrícola tradicionalmente pobre, ocorreu recentemente uma construção desenfreada de casas de férias ao mesmo tempo que os agricultores mudaram para culturas mais sequiosas de água, encorajados pelos planos de transfega de água que, cada vez mais, se mostram insustentáveis. Estes dois factores conjugados pressionam a terra e o seu suprimento evanescente de água.

Este ano, os agricultores disputam aos construtores os direitos sobre a água. Também lutam entre eles pela água para as suas colheitas. Um sinal de desespero é o negócio da água, que se compra e vende como ouro num mercado negro em rápida expansão. A maior parte é extraida de furos ilegais.

Há muito que o Sul de Espanha é atingido por secas periódicas, porém a crise actual, segundo os cientistas, indicia provavelmente uma alteração climática permanente resultante do aquecimento global. É o pronúncio de uma nova espécie de conflito.

As batalhas de ontem foram travadas pela terra, advertem. As do presente estão centradas no petróleo. As do futuro – um futuro mais quente e mais seco devido a mudanças do clima em larga escala – parece que serão motivadas pela água, dizem.

“A água é a questão ambiental deste ano – o problema é urgente e imediato”, diz Barbara Helferrich, uma porta-voz da Directoria Ambiental da Comissão Europeia. Se já há penúria de água na Primavera, o Verão que se aproxima será certamente mau.

Em Múrcia, a crise da água foi acelerada pelos construtores civis e pelos agricultores que deram o salto para culturas largamente inadaptadas para climas secos: alface, por exemplo, com a sua ampla exigência de irrigação, casas de férias com promessas de uma piscina no quintal, hectares de relvados frescos nos campos de golfe que sorvem milhões de litros de água todos os dias.

“Os agricultores e também os construtores pressionam-me fortemente para que lhes forneça água”, afirma Antonio Pérez Garcia, o administrador da água em Fortuna, saboreando o seu café na companhia de agricultores na empoeirada praça central da cidade. Lamenta ser capaz de fornecer a cada proprietário apenas 30 porcento da quantidade racionada de água decidida pelo seu Governo.

“Nem sei o que faremos este Verão”, acrescentou, observando que os níveis dos aquíferos locais estão a descer tão depressa que cedo as bombas não conseguirão alcançá-la. “Os consumidores podem queixar-se à vontade; quando não houver mais água, acabou-se. “Rubén Vives, um agricultor que confia da generosidade do Sr Pérez Garcia, disse que não pode suportar os preços da água no mercado negro. “Este ano o meu sustento corre perigo”, disse o Sr Vives, que só cultiva espécies de sequeiro, como limoeiros, desde há cerca de vinte anos.

As centenas de milhares de furos – na maior parte ilegais, – que no passado aliviaram temporariamente a sede, esvaziaram-se a um nível de não retorno. A água do Norte, que em tempos era transfegada para aqui, foi-se esvaindo até se tornar um fio à medida que as províncias do Norte começaram também a secar.

A competição pela água está plena de escândalos. Há funcionários municipais na prisão por terem aceite subornos ao autorizarem a construção de edifícios em lugares sem rede de água apropriada. Chema Gil, uma jornalista que tornou público um destes esquemas, foi alvo de ameaças de morte, traz sempre consigo um spray de gás pimenta e é protegida dia e noite pela Guardia Civil, uma força policial que desempenha papéis civis e militares.

“O modelo (económico) de Múrcia é totalmente insustentável”, assevera o Sr Gil. “Consumimos duas vezes e meia mais água que aquela que o sistema pode recuperar. Então, onde iremos buscá-la? Importamo-la algures? Secamos os aquíferos? Com as mudanças climáticas, entrámos num cul-de-sac(*). Toda a água que desperdiçamos na luxúria e nos campos de golfe fará falta para, simplesmente, conseguirmos beber.”

(*)NT – em francês no original, beco sem saída.

Elisabeth Rosenthal in Water Is a New Battleground in Spain,
publicado por The New York Times em 3 de Junho de 2008

In “Ferrão.org”