A fogueira do Neo Liberalismo Globalizante


A fogueira do capitalismo

Falencia do capitalismo

A imagem que tenho do capitalismo, para além da miséria, da guerra, da injustiça, da morte e de um anafado porco de cartola e charuto a contar dinheiro, é a do fogo. Um fogo que é tanto mais brilha quanto mais rapidamente que tudo consome numa verocidade que nem ele controla. Sempre que se consegue libertar acaba por se consumir a si próprio, por se destruir, por queimar tudo aquilo que lhe dá vida, a matéria de que se alimenta. Estamos numa dessas alturas e, com a liberalização dos mercados, a globalização e a ganância da especulação, libertaram o monstro autofágico, que rapidamente se consome. O pior disto tudo é que na sua própria auto-destruição, no esturpor da morte não se coibirá de tudo arrasar, de tudo sacrificar para sobreviver mais uns breves instantes.

A queda dos mercados é o rebentar dessa espiral de lucro desenfreado e o vermos o estado mais capitalista do mundo, os EUA, a fazerem nacionalizações, não deixa de ser caricato. Claro que, aquilo que está a nacionalizar são prejuízos, a transferi-los para os cidadãos ao mesmo tempo que os Bancos Centrais de todo o mundo colocam nas mãos dos mesmos especuladores que criaram a crise, muitos mais mil milhões que todos acabaremos por ter de pagar.

Quando iremos todos entender que este tipo de sociedade, que todo este consumismo, toda esta competitividade não pode sobreviver. Quando irão os povos deste mundo decidir que chegou a hora de dar a volta a isto, de fazer deste mundo um lugar onde todos possamos viver em paz e em solidariedade. Teremos certamente de perder muitas das mordomias e confortos que temos agora, mas pelo menos poderemos ter a esperança de ainda haver um amanhã.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

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