Prenda de Natal


Este filme que está na net é a minha prenda de Natal para todos. Vejam-no do princípio ao fim porque vai mudar a forma como olham para aquilo que nos mostram como sendo a realidade. Talvez até encontrem lá algumas respostas e objectivos para descrença que trespassa este país.

PS: Cortesia do “Sinistra Ministra” que me arranjou o video para colocar no blog.

Wehavethekaosinthegarden

A fogueira do Neo Liberalismo Globalizante

A fogueira do capitalismo

Falencia do capitalismo

A imagem que tenho do capitalismo, para além da miséria, da guerra, da injustiça, da morte e de um anafado porco de cartola e charuto a contar dinheiro, é a do fogo. Um fogo que é tanto mais brilha quanto mais rapidamente que tudo consome numa verocidade que nem ele controla. Sempre que se consegue libertar acaba por se consumir a si próprio, por se destruir, por queimar tudo aquilo que lhe dá vida, a matéria de que se alimenta. Estamos numa dessas alturas e, com a liberalização dos mercados, a globalização e a ganância da especulação, libertaram o monstro autofágico, que rapidamente se consome. O pior disto tudo é que na sua própria auto-destruição, no esturpor da morte não se coibirá de tudo arrasar, de tudo sacrificar para sobreviver mais uns breves instantes.

A queda dos mercados é o rebentar dessa espiral de lucro desenfreado e o vermos o estado mais capitalista do mundo, os EUA, a fazerem nacionalizações, não deixa de ser caricato. Claro que, aquilo que está a nacionalizar são prejuízos, a transferi-los para os cidadãos ao mesmo tempo que os Bancos Centrais de todo o mundo colocam nas mãos dos mesmos especuladores que criaram a crise, muitos mais mil milhões que todos acabaremos por ter de pagar.

Quando iremos todos entender que este tipo de sociedade, que todo este consumismo, toda esta competitividade não pode sobreviver. Quando irão os povos deste mundo decidir que chegou a hora de dar a volta a isto, de fazer deste mundo um lugar onde todos possamos viver em paz e em solidariedade. Teremos certamente de perder muitas das mordomias e confortos que temos agora, mas pelo menos poderemos ter a esperança de ainda haver um amanhã.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

São uns Morcões

Palhaços da hipocrisia

Palhaço de guerra

Não estamos em 1968. A Rússia não pode fazer o que quiser, invadir um país e sair impune“, declarou a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice. “As diferenças da Ossétia do Sul com a Geórgia poderiam ter sido resolvidos com muita calma, por meio negociações. Ao ampliar o conflito, a Rússia colocou em perigo as vidas dos civis na Ossétia e na Geórgia“, acrescentou Rice.

AhAhAhAh. Não fossem tão tristes as mortes e a miséria que a guerra cria as declarações desta cadela raivosa até davam vontade de rir. Então um país que ataca e invade outros contra a opinião das Nações Unidas, quem viola todas leis internacionais, simplesmente para roubar petróleo, vem agora armar-se moralista. Vem depois falar de que o tudo podia ter sido resolvido em negociações e que a intervenção Russa é que colocou em perigo as vidas dos civis da Ossétia, como se quem disparou os primeiros tiros e quem iniciou a guerra não tivesse sido a Geórgia. Maior hipocrisia não pode haver. Estes F. da P. do Bush e a cabra da Rice bem mereciam que lhes caísse uma bigorna nos cornos.

PS: Como disse num post anterior nada justifica a morte de cidadãos inocentes. Não defendo o assassino do Putin nem o novo regime capitalista da Rússia que, como os Americanos, também tenta estender a sua hegemonia na zona. Agora querer colocar as culpas deste conflito só nas suas costas é no mínimo patético.

Contributo para o Echelon: Electronic Surveillance, MI-17

Maddie is watching The Parents

Madeleine McCann: Watching The Parents

mccann.jpgMORE no news on the Madeleine McCann case.

It is now a week since the three-year-old girl was snatched from a Portugal holiday resort.

The story has been distressing to watch on our TV screens. What it must like for the parents of Madeleine only a few can know.

BLAME

But their misery is far from complete. With no news of Madeleine, and the Portuguese police having no need to indulge the British tabloids with speculation and theory, Madeleine’s parents are the central characters.

And today’s front-page news, as reported by the caring Mirror, is: “THEY KNOW LEAVING KIDS WAS WRONG.”

Does the Mirror mean to say that Madeleine’s parents, Kate and Gerry, now think they did the wrong thing in nipping out for a bite to eat and leaving the children in the apartment on what they thought was a secure resort?

Does the Mirror mean that the McCanns know that popping back regularly to look at their children and checking on their well being was less than perfect?

Does the Mirror mean that the McCanns realise they should not have left their children alone, just like it is wrong to leave a child in a hotel under the auspices of a baby monitoring service, to leave a child in the car while mum goes to pay for petrol, to talk to a neighbour over a garden fence while the children are indoors?

Of course this is not the Mirror’s view. Oh, no. This is Madeleine’s grandmother, Susan Healy, saying: “They know this was a mistake. But it wasn’t child neglect, it wasn’t not caring for your children.”

LeYa MaIs

In AnoRaK

Madeleine McCann: Suing Amaral, Mark Lawson’s Fact And Fiction, And Bloggers Beware

Who gets sued?

The McCanns plan to take action against Amaral, Portuguese newspapers which reprinted parts of the £10 book and bloggers who discussed it.

LeYA Mais AQUI e In AnoraKe

5 mililitros de gasolina a seguir às refeições

Opinião

Assaltaram-me o carro. Deixaram o auto-rádio onde estava, desdenharam a minha carteira, mal escondida no porta-luvas e não tocaram no GPS. Levaram-me só os sete litros e meio de gasóleo que tinha no depósito

A gatunagem apanhou-me, amigo leitor. Assaltaram-me o carro. E eram profissionais, os bandidos: deixaram o auto-rádio onde estava, desdenharam a minha carteira, mal escondida no porta-luvas, e não tocaram no GPS.

Levaram-me só os sete litros e meio de gasóleo que tinha no depósito. Espertalhões. Isto da carestia dos combustíveis também tinha de ter os seus inconvenientes.

Felizmente, as vantagens são inúmeras: há menos engarrafamentos, menos acidentes na estrada e menos carjacking. Com a gasolina a este preço, nenhum bandido no seu juízo perfeito rouba um carro. É meter-se em despesas. Por cada três Multibancos que assalta, dois são para pagar a gasolina necessária para as deslocações. É evidente que não compensa.

Mesmo assim, não faz sentido dizer que a vida está difícil, porque a verdade é que a morte está ainda pior. O Governo tem tudo previsto. Se o primeiro-ministro nos faz a vida negra, façamos-lhe a justiça de reconhecer que também nos torna a morte quase impossível. O suicídio, hoje em dia, está praticamente fora de hipótese. A imolação pelo fogo, tão popular no Médio Oriente, é-nos vedada pelo preço da gasolina. A escassez de sobreiros faz do enforcamento uma impossibilidade técnica. Comprimidos, nem pensar: as farmacêuticas vão-nos ao bolso. Apostar no cancro do pulmão é arriscado, porque quase não se pode fumar em lado nenhum. E as intoxicações alimentares são cada vez mais custosas, que a ASAE não dorme. A única hipótese é morrer de tédio, na fila para abastecer o carro nas bombas que vendem gasolina dois ou três cêntimos mais barata.

O que eu lamento, sobretudo, é a sorte daquela gente que tem o hábito de meter um valor de gasolina, e não uma quantidade. O leitor sabe como é: em vez de meterem 10 litros de combustível, estão habituados a ir à bomba meter 10 euros. Coitados. De há dois ou três anos a esta parte, tiveram uma surpresa. Em 2005, metiam 10 litros, e hoje metem uma colher de sopa. Dantes, enchiam o depósito com a mangueira, e agora abastecem com a colherzinha dos medicamentos.

Actualmente, é possível começar a encher o depósito e o preço do combustível aumentar duas ou três vezes enquanto se abastece. Uma pessoa pensa que tem dinheiro para atestar e no fim verifica que afinal tem de vender o carro para pagar a conta da gasolina. É possível, aliás, que o barril de crude tenha batido sete novos recordes desde que o leitor começou a ler isto. O melhor é ir encher o depósito antes que as estações de serviço comecem a vender gasolina em frasquinhos de perfume. Não deve faltar muito.

In “Visão