Louçã diz que memorando da troika “conseguiu tudo o que queria porque queria falhar” , para que é que serviu o empobrecimento?

                                 O coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, defendeu neste domingo que o memorando da troikaconseguiu tudo o que queria porque queria falhar”, afirmando-se surpreendido por o PS ter dito que esteve sempre do outro lado da troika.

Não nos venham dizer que o Governo falhou. Falhou, mas muito mais do que isso o memorando da troika falhou porque conseguiu o que queria. Queria falhar. O memorando conseguiu tudo o que queria, não se desculpem com o falhanço. Conseguiu tudo o que queria porque queria falhar”, disse Francisco Louçã na sessão de encerramento do fórum Socialismo 2012, que marcou a rentrée política do partido.

O coordenador do Bloco de Esquerda foi peremptório e disse que o partido não quer “mais tempo para mais memorando” e que “é agora que é preciso parar”, exortando a que se corte “com o memorando para recuperar a economia”.

“É por isso que me surpreende que o Partido Socialista possa ter dito que esteve sempre do outro lado da troika. Que bom que era que assim tivesse sido. Porque se tivesse estado do outro lado da troika (…) não tinha deixado passar um código do trabalho que promove o desemprego, não tinha aprovado um tratado orçamental europeu que promove o desemprego”, criticou.

Louçã, que fez a sua última rentrée como líder do partido, recordou que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse que “o défice está a cair”.

É claro que na geografia do PSD e do CDS o défice pode cair para cima e é uma prova que as coisas estão a correr bem”, ironizou.

O bloquista foi mais longe: “Bem sabemos o que vem aí e bem sabemos por que razão o primeiro-ministro não disse uma palavra sobre os aumentos de impostos e cortes suplementares que vai impor”.

“Num ano de total responsabilidade do PSD e do CDS, com os maiores sacrifícios, com os maiores cortes nos salários, com os maiores aumentos de impostos, a dívida aumentou 18.374 milhões de euros”, criticou, perguntando o porquê desta situação.

Louçã disse ainda que, um ano depois, tem-se “não só o direito mas o dever absoluto de martelar a seguinte pergunta: para que é que serviu o empobrecimento?” 

A Ambição da ruína e do empobrecimento – Passos Coelho: insiste na ‘ambição’ de cumprir memorando

O primeiro-ministro afirmou hoje que Portugal deve ter a «ambição» de cumprir as metas acordadas com os credores internacionais e que seguir «outro rumo», como pede a oposição, seria «sinónimo de fracasso».

«Levaremos este programa de mudança até ao fim e com ambição precisamente porque queremos concluí-lo tão rapidamente quanto for possível, porque queremos os resultados da inversão da situação do país, porque não queremos ficar entregues a dez ou vinte anos de estagnação e de desespero. Só executando este programa com ambição é que poderemos estar à altura das nossas legítimas aspirações», disse Pedro Passos Coelho

Em que mundo vive a Procuradora Cândida Almeida?

Directora do DCIAP falou na Universidade de Verão do PSD

Cândida Almeida diz que os políticos portugueses não são corruptos

Foi de uma forma insistente que Cândida Almeida, directora do DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal) vincou que Portugal “não é um pais corrupto” e que muitas vezes as pessoas estão a falar de “crimes afins” como a fraude fiscal ou o tráfico de influência.

“Digo olhos nos olhos: O nosso país não é corrupto, os nossos políticos não são corruptos, os nossos dirigentes não são corruptos”, disse este sábado à noite a procuradora-geral adjunta, na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide.

À chegada à vila alentejana, Cândida Almeida confirmou já ter recebido o acórdão do processo Freeport para decidir se vai ser aberto inquérito, mas assegurou ainda não ter lido, lembrando que os tribunais só abrem na segunda-feira.

Já na fase de perguntas dos alunos, uma participante da Universidade de Verão questionou sobre a situação do antigo-primeiro-ministro, José Sócrates, que está a viver em Paris com gastos de “luxo” que considerou incompatíveis com os seus rendimentos. Na resposta, Cândida Almeida disse não ter meios para investigar. “É verdade que ele tem aquela vida, mas o que é que podemos fazer?”, questionou, acrescentando também não saber que ilícito poderia configurar. “Vamos instaurar um inquérito com suspeitas de quê”, questionou, rejeitando qualquer “caça às bruxas”.

Na sua intervenção inicial, Cândida Almeida reconheceu que há “corrupção”, mas disse rejeitar “qualquer afirmação simplista”. A Procuradora-geral adjunta revelou ainda que o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, já foi chamado para detalhar situações de corrupção de que tem falado publicamente, mas que acabou por dizer que “não sabia de nada”.

 

 

1- Esta senhora nunca deveria estar em palestra num local partidária. Falha a insenção e a separação entre politica e funções governativas

– Não vive neste mundo, e só assim percebemos como é que os políticos se escapam  dos crimes de que são acusados.

– É uma vergonha e um desrespeito pela justiça e pelos portugueses.