Presidente do Sindicato dos Jornalistas diz que liberdade de expressão está ameaçada

O presidente do Sindicato de Jornalistas disse hoje no Parlamento que a liberdade de expressão sofre “um conjunto significativo de ameaças” como a precariedade dos vínculos de trabalho dos jornalistas ou a concentração dos media.

“A liberdade de expressão é uma espécie de doente com a respiração contida”, disse Alfredo Maia, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura sobre liberdade de expressão e um alegado plano do Governo para controlar a comunicação social.

“Há um conjunto significativo de ameaças, que não são de hoje, como o desemprego – no ano passado houve um aumento muito significativo no setor e só no grupo Controlinveste foram cerca de 6 dezenas – ou a composição de salários (no ano passado os jornalistas do Público viram os seus salários reduzidos)”, referiu o presidente do Sindicato de Jornalistas.

“No fundo somos todos precários”, adiantou, sublinhando que isto “gera mecanismos de censura económica e de censura no seio das próprias redações, como a participação nos conselhos de redação, e envolve muitas vezes a renúncia a direitos fundamentais das pessoas”.

Por outro lado, existe um problema da concentração da propriedade dos meios de comunicação social, afirmou Alfredo Maia.

“Hoje, se um jornalista se der mal [num órgão de informação] tem as possibilidades anuladas [de trabalhar] em pelo menos um quinto dos meios, tal é a concentração da propriedade”, concluiu.

Solução inovadora Alemã. Vamos vender Sócrates e seus amigos para salvar Portugal.

Alemães sugerem que Grécia deve vender as ilhas para pagar a dívida

Dois políticos alemães de direita defenderam hoje que a Grécia deverá colocar à venda terra, edifícios históricos e obras de arte para reduzir a défice. O conselho, sugerido numa entrevista ao jornal “Bild”, poderá agravar ainda mais as tensões entre os dois países
“Aqueles que se encontram em processo de insolvência têm de vender tudo o que têm para pagar aos seus credores”, argumentou Josef Schlarmann, membro do partido de Angela Merkel. “A Grécia tem edifícios, empresas e ilhas não habitadas, que podiam ser usadas para amortizar a dívida”, disse. “Se tivermos de ajudar a Grécia com milhões de euros, eles têm de nos dar algo em troca – por exemplo algumas das suas maravilhosas ilhas. O lema: vocês recebem carvão. Nós, Corfu”, acrescentou ainda.
A Grécia tem 3054 ilhas, das quais apenas 87 são habitadas, um potencial mercado de luxo que para os alemães já existe.
“A chanceler [Angela Merkel] não pode prometer nenhuma a ajuda à Grécia” disse Frank Schaeffler, especialista em política financeira. “O governo grego tem de dar passos radicais para vender a sua propriedade – por exemplo as ilhas não habitadas”, sustentou.
“Também ouvi a sugestão de que devíamos vender a Acrópole”, reagiu o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Dimitris Droutsas. “Sugestões como estas não são apropriadas nesta altura”, concluiu.
Governo grego quer eliminar o 14.º mês dos salários na função pública, cortar 9% dos salários e impor novas medidas fiscais que incluem o aumento do IVA, o imposto sobre o álcool, o tabaco, combustível e sobre sinais exteriores de riqueza.
Georges Papandreou afirmou terça-feira que a situação financeira grega é “catastrófica” e esboçou um cenário de “bancarrota» ao anunciar “medidas de austeridade” necessárias para garantir uma redução do défice público de 4 por cento, em 2010.

BE recusa PEC baseado em cortes salariais

BE  recusa PEC baseado em cortes salariais

O BE recusa um Programa de Estabilidade e Crescimento que corte salários

Francisco Louçã apelida de “subterfúgio lamentável” o facto do executivo de José Sócrates ter atrasado a divulgação do PEC para uma fase em que já está praticamente fechado o Orçamento do Estado que é a primeira peça da estratégia para as Contas Públicas. O líder do BE assegurou que na reunião marcada para segunda feira com o primeiro ministro e o ministro das Finanças será “obrigatório”  ter acesso ao texto do PEC. “Recusamos um diálogo em torno de ideias vagas” adiantou Louçã, recordando que não se trata de ir ouvir algumas generalidades ou, tão só, dar algumas ideias ao executivo para serem englobadas no PEC que sábado é aprovado num Conselho de Ministros Extraordinário.

Greve encerra escolas e finanças

A greve de hoje na função pública está a afetar o país de norte a sul, com escolas e serviços de finanças encerrados e serviços de Saúde afetados.

Em Bragança, a única repartição de finanças está encerrada devido à greve e na porta está afixada uma informação do Sindicato dos Trabalhadores de Impostos.

“Dia 4 estamos em greve, mas atenção voltamos dia 5”, lê-se no papel afixado.

Ainda em Bragança, os alunos da escola secundária Abade de Baçal foram mandados para casa, enquanto o centro de Saúde II Santa Maria está a funcionar normalmente.

Poucos funcionários a iniciar o turno

Em Coimbra, o número de funcionários que chegaram aos hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) para iniciar o turno das 8h00 era bastante escasso.

O movimento geral no campus hospitalar dos HUC, a segunda maior empresa do distrito de Coimbra, com 5000 funcionários, era também muito reduzido, sem grandes constrangimentos de circulação.

No sector das consultas externas, a afluência de utentes estava igualmente aquém do normal.

Em Faro, alunos sem aulas e à esperta de informações acerca da greve era hoje de manhã o cenário à porta da Escola Secundária Tomás Cabreira.

Em algumas salas de aula, o dia decorria normalmente com a presença dos professores e o ambiente não denotava grande confusão, enquanto que nos corredores da escola as auxiliares educativas explicavam a outros alunos o que se passava.

Mesmo sem saberem exatamente as razoes da greve, os alunos que não tiveram a primeira aula estavam satisfeitos e já pensavam ir para casa descansar.

Greve contra o congelamento salarial

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado marcaram esta greve contra o congelamento salarial, o agravamento das penalizações das reformas antecipadas, questões relacionadas com as carreiras e com o sistema de avaliação.

Os sindicatos suspenderam a paralisação na região autónoma da Madeira para facilitar os esforços que estão a ser feitos para que a vida na ilha volte à normalidade, após o temporal de 20 de fevereiro.

A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 30 de novembro de 2007 contra a imposição de um aumento salarial de 2,1%.

Greve Função pública pára hoje contra o congelamento salarial

A greve geral da função pública já está em movimento. Escolas, hospitais, tribunais e repartições de finanças deverão reflectir o descontentamento dos trabalhadores com o congelamento de salários dos funcionários públicos em 2010.

Os sindicatos partem optimistas para a greve, prevendo níveis elevados de adesão. “Esperamos muitos, muitos serviços parados. Vai ser uma excelente greve, com bastantes trabalhadores”, afirma Ana Avóila, coordenadora da Frente Comum (CGTP). Também Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, se mostrou convicto da existência de uma “enorme mobilização” dos trabalhadores para hoje, que faça o governo recuar.

Ontem de manhã, os sindicatos estiveram reunidos com o Ministério das Finanças, mas a posição inflexível do governo levou a que fossem mantidas as acções de luta. “Está tudo na mesma”, explicou ao i Nobre dos Santos da Fesap (UGT). “Não houve nada que nos fizesse mudar de ideias.”

À saída da reunião, o secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho dos Santos, recusou que a greve de hoje pressione o governo. “[O governo] lamenta que apesar de a greve ser o exercício de um direito constitucional se marque uma greve a meio de um processo negocial, com matérias muito importantes por discutir.”

Ana Avóila responde, acusando o executivo de não estar a negociar. “O governo sabe bem que não houve nenhuma negociação durante este tempo todo.”

A greve está marcada para hoje, mas na recolha do lixo começou já ontem, às 22 horas, em todo o país – duas horas antes em Évora. Às 23 horas foi a vez dos hospitais, devido ao arranque dos turnos da noite.

Algumas escolas deverão encerrar e os tribunais estarão muito condicionados, tal como as repartições de finanças. Na saúde, apesar de os serviços mínimos terem de ser garantidos, a greve deverá ser sentida nos hospitais e nos centros de saúde.

O congelamento de salários está relacionado com o plano do governo para cortar o défice orçamental de 9,3% para menos de 3% até 2013. Para os próximos meses os sindicatos têm já agendadas outras formas de protesto, nomeadamente a Frente Comum que irá organizar uma supermanifestação em Lisboa em Maio.

Sismo de 6.4 em Taiwan

A terra tremeu na madrugada desta quinta-feira em Taiwan. O Centro Geológico dos Estados Unidos registou um abalo de 6.4 na escala de Richter.

O epicentro do sismo registou-se 33 km a noroeste da cidade de T’ai-tung e a 35 km de profundidade. Aconteceu às 8h18 locais, 00h18 em Portugal.

Taiwan situa-se numa região com grande actividade sísmica. Um dos piores terramotos registados no país ocorreu em Setembro de 1999, quando um abalo de magnitude 7.6 provocou a morte de 2.400 pessoas e destruiu mais de 50 mil edifícios.

A agência France Presse avança com a morte de pelo menos três pessoas, nove desaparecidos e 200 feridos, principalmente na capital Taipé, onde alguns prédios desabaram.