Biografia do CORTE C0gnitivo


Tenho dito que os piores inimigos dos professores são os ex-professores e os professores que não dão aulas. A história recente das malfeitorias cometidas contra os professores portugueses dão razão à minha tese. Foram malfeitorias cometidas por 3 professores que deixaram de dar aulas: MLR, JP e VL. O que os levou a fazerem o que fizeram? É difícil descortinar o que vai na cabeça destes 3 ex-professores porque a mente humana é insondável. Mas há várias explicações hipotéticas:

1. Ambição?


2. Frustração?


3. Inveja?


4. Vingança?

E pode haver outras explicações. Porventura, um desejo genuíno de servir uma ideologia e um projecto para o país. Dou de barato que esta última explicação possa estar presente na acção de MLR, JP e VL.

Jorge Pedreira (n. 1958) tem um percurso académico e sindical cheio de eventos significativos. Licenciado em História e Doutorado em Sociologia – mais um sociólogo! – é professor auxiliar de sociologia histórica (seja lá o que isso queira dizer!) na Universidade Nova e foi o fundador do Sindicato Nacional do Ensino Superior (SNESUP), seu vice-presidente entre 1990 e 1996 e seu Presidente entre 1996 e 1998. Como é que é possível que o fundador e dirigente máximo de um sindicato de professores, uma vez no Governo, venha a tratar tão mal os professores e os seus sindicatos? O que é que se passou na cabeça de JP? Que corte cognitivo ocorreu?

Valter Lemos (n. 1965) é licenciado em ensino da Biologia e mestre em educação. Nunca fez o doutoramento. Tem a categoria de professor coordenador do quadro do Instituto Politécnico de Castelo Branco (topo da carreira). Foi professor de Biologia no 2º CEB durante dois ou três anos, assessor para a Educação do Governo de Macau, entre 1981 e 1983, bolseiro durante dois anos (1983 a 1985), com o objectivo de concluir o mestrado em educação e professor da Escola de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, onde exerceu sucessivamente os cargos de presidente da Escola e de presidente do Instituto. É autor de um livro de 100 páginas sobre critérios de avaliação escolar (O Critério do Sucesso-Técnicas de Avaliação da Aprendizagem), onde expôs uma teoria de avaliação centrada na construção do sucesso para todos. Depois de ter sido autarca pelo CDS, abandonou o partido e ligou-se ao PS.

Maria de Lurdes Rodrigues (n. 1956) foi professora do ensino primário e fez a licenciatura em Sociologia, no ISCTE, em regime nocturno. De seguida, fez o doutoramento em Sociologia (no ISCTE) com uma tese sobre a sociologia das profissões. O seu orientador de doutoramento foi João Freire, a quem ela solicitou o estudo sobre a carreira docente que iria estar na base do novo estatuto da carreira docente que criou as duas categorias de professor e introduziu limites administrativos à progressão na carreira. Na juventude, foi cooperante em Moçambique e esteve ligada a movimentos ideológicos da extrema-esquerda. Ocupa a categoria de professora associada com agregação, no ISCTE, e é membro do Centro de Investigação em Estudos Sociais (CIES), um unidade de investigação, com sede no ISCTE, que tem vindo a executar quase todos os estudos de avaliação encomendados pelo ME.

Quer colaborar com a sua opinião para explicar as razões que levaram estes 3 ex-professores a realizarem tantas malfeitorias contra os professores? O que se terá passado? Que corte cognitivo efectuaram? Que experiências os conduziram até aqui? Por favor, utilize argumentos e factos e não use uma linguagem insultuosa.

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